quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Sociologia da Religião

Sociologia da Religiã

A religião tem acompanhado o ser humano desde
os seus primórdios, servindo  como uma ponte
 de compreensão para diversos  fatos
supostamente incompreensíveis.
A gênese da modernidade ocidental situa-se nas transformações sociais ocorridas no século XVIII. Os marcos históricos da modernidade – o Iluminismo, Revolução Industrial, a Revolução Francesa – são essenciais para percebemos uma Nova Era que nascia sob o auspicio da racionalidade e da reflexividade. Com o advento da modernidade, o ser humano racional como seu ‘ator principal’ acontece, concomitantemente, ao declínio da religião. 
O ser humano como ser social formado socialmente, é composto por conjunturas de valores que são determinantes do seu pensar e do seu agir. Esses valores são construções humanas socialmente condicionadas e determinadas, que significa que são construídas no grupo, pelo grupo e para o grupo. Essas construções têm diversas referências sociais e históricas (religiosas e filosóficas), por isso, para melhor conhecer e compreender os seus porquês precisamos entender as bases, os alicerces estruturais dessas construções.
Ora, se nossas ações têm por base valores e referenciais éticos, é preciso então descobrirmos de onde surgem esses valores e referenciais. Na conjuntura valorativa ocidental, e em todas as outras, a religião e seus preceitos e conceitos (bem/mal, certo/errado, verdadeiro/falso) são constitutivas das organizações sociais e legais. Em outras palavras como diz Max Webber “é preciso conhecer a concepção global de existência de um agente para compreender suas atitudes”, ou ainda, “A religião associa-se ao corpo social não pelas instituições, mas pelos valores que o indivíduo carrega e transforma em motivações da sua ação social”.
A Sociologia visa mostrar a contribuição da religião para a Coesão Social e para a Integração de Valores, pois a religião, e todos os seus valores, afeta a sociedade que a abriga não apenas externamente, mas fundamentalmente internamente, pois à medida que apreendidos, apropriados e internalizados pelos indivíduos, participam ativamente do arcabouço estrutural do individuo.
Um exemplo dessas referências está em sua obra A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, em que ele apresenta como o ethos (costumes e os traços comportamentais de um povo) religioso puritano contribuiu para com o avanço do capitalismo.
“Não se trabalha simplesmente para se acumular capital, pois seria uma motivação insuficiente. Trabalha-se porque o trabalho é bom, portanto um valor em si mesmo. Analisa-se como a vocação, a virtude e a ascese do protestante contribuíram para que ocorresse o acúmulo de capital”.
 A Sociologia da Religião analisa esse mote de transformação sociocultural a partir da transformação do papel da religião na modernidade que vai inaugurar uma nova estrutura social calcada no desencantamento do mundo e na sua sequência, a secularização. Desencantamento do mundo corresponde a mudança de postura para com o mundo, um olhar sobre o mesmo com uma concepção antimágica e antirritualista, o que indiretamente apoia a investigação cientifica. O que em outras palavras significa que realidades que eram explicadas através das divindades (chuva, nascimento, doença, morte) agora serão explicadas pelo estudo e compreensão do mundo (construções racionais humanas e as leis naturais) e a subsequente racionalização da sociedade decorrida. Numa sociedade racionalizada, os indivíduos sentem-se livres para encontrar, de forma autônoma e refletida, o seu próprio universo de significações diante de um mundo fragmentado, visto que não há mais uma instituição (Deus, igreja) definidora do olhar com que se vai olhar a realidade e o mundo, não a partir do âmbito social, mas agora somente pessoal. Nessa analise da religião percebemos que o eu de cada um de nós está envolto em uma conjuntura valorativa que encontra o seu arcabouço em estruturas religiosas (renegadas ou não) que são encaminhadoras do pensar, sentir, gostar, rejeitar e/ou tantas outras significações que assimilamos socialmente em múltiplos processos de socialização e formação pessoal.


Engrenagem Social

Engrenagem Social (Émile Durkheim 1858-1917)
“A Sociedade é lógica e cronologicamente anterior ao homem”  Emile Durkheim
O sociólogo francês, Emile Durkheim, tinha por objetivação analisar e apresentar a sociedade como sendo uma formação social humana que precede a existência social humana. Durante muito tempo, filósofos escreveram sobre o contrato social, supondo que os homens viviam num estado de natureza e teriam renunciado ao mesmo (liberdade) para viver em sociedade. A Sociologia em geral não concorda com essa visão. Emile Durkheim defendeu o primado da sociedade sobre o indivíduo, o que significa que não há homem sem sociedade, pois o homem é essencialmente um ser social (formado na sociedade). Assim, a sociedade não era simples soma de indivíduos, mas uma realidade exterior ao indivíduo que organiza e dá sentido a existência do mesmo (existência interior).
A sociedade se organiza através de uma consciência coletiva, e, por isso não basta falar em uma simples soma de pessoas, pois a sociedade é um sistema formado pela associação de pessoas, e é representante de uma realidade especifica de características próprias. Essa consciência coletiva é exterior ao individuo e exerce sobre o mesmo um poder de coerção. Esse poder de coerção exterior ao indivíduo e presente em sua consciência, Durkheim nomeou de Fato Social, que significa que esse indivíduo desde o nascimento, e principalmente a partir da aquisição de uma consciência de existência, passa a absorver as regras, os valores, os costumes da sociedade. Dessa forma, os fatos sociais têm uma existência externa às consciências individuais e consistem em ideias ou normas de conduta que são estabelecidas pela coletividade em que esse indivíduo está inserido, e não isoladamente. Assim os fatos sociais são externos ao indivíduo porque existem antes de ele nascer e continuarão existindo depois que ele morrer.
Entender esses fatos sociais se faz fundamental para entender Emile Durkheim, e o único método válido para fazer isso, segundo o mesmo, seria aquele em que o cientista social deve abandonar suas prenoções (valores e sentimentos pessoais em relação ao objeto estudado), Já que eles podem distorcer a realidade, esse processo que ele cunhou de neutralidade cientifica.
Então veja, esse homem/mulher social (formado socialmente) coagido por fatos sociais e possuidor de uma consciência coletiva, decide/escolhe viver em sociedade, a mesma que o controla, por quê? Simplesmente porque o mesmo não consegue conceber a própria existência fora da sociedade, ou em outras palavras, a sociedade é mantenedora de sua identidade. A esse esquema de trocas entre sociedade e individuo Durkheim, chamou de solidariedade, que difere do sentido cristão da palavra. Solidariedade aqui é a convivência com o outro (em sociedade) por necessidade de ambos para a mesma. Essa solidariedade foi apresentada como sendo de dois tipos: a solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica.
Solidariedade mecânica: modelo de convivência mais antigo, rural (folk), de pequenas comunidades, onde a ação coletiva tem como referência um modelo social comum, uma presença muito forte de uma consciência coletiva legitima e legitimada. Podemos usar como exemplo o relógio, onde todas as peças, mecanismos, engrenagens e outros; atuam com a finalidade de fazer o relógio funcionar, e fornecer horas.
Solidariedade Orgânica: modelo de convivência da modernidade ou pós-revolução industrial que se caracteriza pela autonomia de ação. Os indivíduos tornam-se diferentes uns dos outros, a solidariedade só pode surgir da percepção geral de cada um com suas especificidades, dons e especialidades, e assim, contribui de maneira diferente para a sobrevivência do todo. Algo como o corpo humano com diversos órgãos que formam um só organismo/corpo, onde todos trabalham para exercer sua função especifica e indiretamente contribuem para a sobrevivência do todo.
Referente à Educação, ela pode ser compreendida como o conjunto de ações exercidas das gerações adultas sobre as que ainda não alcançaram o estatuto de maturidade para a vida social. 
Partindo desta orientação, elabora sua teoria da educação, propondo uma socialização metódica das gerações novas. Para ele, era necessário articular a pedagogia à sociologia, uma vez que a escola teria como finalidade suscitar e desenvolver na criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais exigidos pela sociedade e que seriam aplicáveis à mesma.
Sobre a Religião Durkheim tem um amplo interesse pela religião porque ela articula rituais e símbolos que têm o efeito de criar entre indivíduos afinidades sentimentais que constituem a base de classificações e representações coletivas. Para ele a religião é um conjunto de práticas e representações que vemos em ação tanto nas sociedades modernas quanto nas sociedades primitivas, e, ao tomar como objeto a religião, Durkheim tenta estabelecer que ela não suponha necessariamente a crença num Deus transcendente. Ela é antes de tudo um “sistema de crenças e de práticas”, definidoras do viver social.

Resumindo, para Durkheim a sociedade “faz o individuo” porque prevalece sobre todas as pessoas, assim a vida em sociedade aponta para uma consciência coletiva (conjunto de regras morais vigentes em uma estrutura social). Essa consciência coletiva apresenta dois modelos de convivência social, a solidariedade mecânica e a solidariedade orgânica. Sobre a educação, entende que a mesma é método central de socialização do individuo e analisa a religião e sua importantíssima influência no comportamento e convivência social. A sociedade, nesta perspectiva durkheimiana é uma engrenagem social que objetiva incorporar em todos os seus comparticipes o “espírito” da sociedade para que a partir do mesmo se determine internamente no indivíduo como deve agir, pensar, desejar, rejeitar, falar (fato social) e tudo o mais.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Política: a Arte e Ciência de Governar

Política: a Arte e Ciência de Governar

As relações sociais são permeadas de tantas ideias, valores, sentimentos oriundos das formações sociais que obtivemos e que nos foram impostas (família, escola), que tendemos a considerar todas as coisas como naturais, com a imperante sensação de que sempre foi assim e de que assim o continuará. Contudo, todavia, no entanto, porém, é nosso papel/dever/obrigação de questionarmo-nos se não poderia ou deveria ser diferente.
A Política é discussão antiga que, como veremos, permeia as relações humanas e que por isso mesmo precisa ser pensada e entendida como uma construção histórica propositada e propositora (Maquiavel). Desde cedo somos ensinados na arte e ciência de sermos governados por todos aqueles que nos amam e nos cuidam. Aos quais em troca respondemos em respeito e obediência para uma melhor realização dos propósitos sociais já planejados ao nosso respeito. Voltaremos a essa perspectiva, formativo pessoal, de uma consciência política à frente.
Política é a habilidade pessoal ou organizacional no relacionar-se com os outros, tendo se em perspectiva a obtenção dos resultados desejados. Olhando o processo político de forma direta é preciso que entendamos o mesmo como um processo de luta de interesses diretos ou não tão diretos, onde se objetiva um bem qualquer em troca de outro bem ou outros bens quaisquer, ainda que esses não sejam materiais ou sejam somente abstratamente quantificáveis. De qualquer modo a omissão ou ignorância política provoca uma incompetência política para participar do jogo político que é o viver. E aqui podemos pontuar a primeira desmitologização ideológica social, que é a de que política é para políticos, e que se concentra em Brasília, no caso do Brasil. Oras, política é um exercício relacional continuo entre pais, filhos, irmãos, amigos, namorados, amantes. Teriam todos esses os mesmos interesses sempre? Assim, é na convivência e disputa de desejos, vontades, interesses, sonhos e tudo o mais, que vai se construindo nossos relacionamentos, e é na realização plena ou parcial dos mesmos que se mantém, aprofunda ou abrevia a prática político relacional. Claro que podemos chamar de amor – empatia, comprometimento, bem querer – não há problemas nisso; contudo, falando de prática sócio relacional política, Nicolau Maquiavel dirá que: “O homem é um ser desejante, que busca incessantemente o que não tem, o que lhe faz falta”.
Nos regimes democráticos a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos atuando nos mesmos (legislativo, executivo e judiciário), ou militando a respeito dos mesmos em busca de melhores atuações públicas ou ainda exercendo o direito/obrigação da escolha da melhor alternativa política para o gerenciamento do poder público que direta ou indiretamente envolve a todos. A partir daqui é preciso ficar claro que a política é de uma importância vital para definir a quantidade de açúcar que você poderá utilizar no seu café, e mesmo que seja exagero da minha parte, pare e pense, quanto que uma crise política afeta a economia e uma crise econômica afeta sua vida? A presença da política está muito além da economia, ela envolve e move a história, passiva ou ativamente. Vejamos uns poucos e importantes exemplos:
“O homem é naturalmente um animal político”. Aristóteles afirma em A Política que o homem é zoon politikon (animal político), que significa que sua formação social e desenvolvimento pessoal depende da polis e boas convivências politicas na mesma para sua plena realização pessoal e, principalmente, ética.
Maquiavel, como já citado, dirá que a política é a “Arte de conquistar, manter e exercer o poder/governo”
Para o pensamento contratualista, o Estado político é a troca de anarchia pela archia, a troca do estado de natureza pelo estado civil e político, em seus variados modelos. Pois aqui a convivência social e política é garantidora de um usufruto muito superior a relação estabelecida pela sobrevivência do mais forte.
Já Marx e Engels apontarão em suas obras que a prática política é como uma gangorra antagônica, em que ascensão de classe é queda de classe, o sucesso de alguns é devido ao insucesso de muitos. A ação política é revolucionaria para o estabelecimento de uma nova política igualitária e igualadora dos seus comparticipes.
  Max Weber dirá que “O fim da política é a aquisição do monopólio da força”. Política é a busca legitimada do uso autorizado da força para imposição dos próprios interesses sobre os interesses dos outros com a aprovação dos mesmos.
Eu diria que “A política é um jogo de interesses, em que o político e o povo querem a mesma coisa, satisfazer suas vontades”. Embora suas vontades não sejam semelhantes e o povo ignore isso. Diria que “a esfera pessoal é uma esfera política”, e que assim, a convivência social se perfaz numa disputa oculta de alavancar os próprios desejos em negociação com desejos em sentidos contrários, semelhantes, compensatórios. Não é uma visão pessimista. Veja, o amor é a política dos sentimentos que se perfazem na busca de realizar enquanto se realiza, mesmo que se realize em negação de si, a partir do conceito Ágape (de Jesus, por exemplo), o que nos daria uma outra longa discussão. O fato é que somos seres desejantes em busca da satisfação de desejos e até mesmo a abnegação é uma expressão dessa condição humana, como diz Maquiavel no Príncipe.
Não poderíamos deixar de abordar nessa breve reflexão política a questão da despolitização do cidadão brasileiro, que tem relação direta com a negatividade que é atribuída a mesma pelo imaginário popular de que política é coisa de pessoas de má índole, gananciosas e interesseiras. Ideias de que o meio político é inescrupuloso e corrompe qualquer um que participe dele. Porém, somente esse imaginário popular não seria suficiente para tal rejeição, há uma forte ignorância política pela não formação política da população em todas as classes, tanto no âmbito familiar, como no escolar. A falta de diálogo, debate e conhecimento político nos leva a votar em pessoas, não em propostas. Nos leva a não avaliar, estudar e conhecer o passado e presente dos candidatos. É preciso consciência política, mas a dificuldade sempre esbarra no “não gosto de política”. Mas para os que repetem tal “heresia”, é preciso dizer que enquanto o homem viver em sociedade, não há como não gostar de política. Ela está em tudo o que fazemos, ela permeia nosso ser e formação pessoal/social, nossas escolhas são embebidas do conhecimento ou desconhecimento político, pois por mais de foro íntimo que seja uma escolha que fazemos ela terá desdobramentos para o nosso coletivo e social, seja de uma forma ativa de nossa parte, seja de uma forma passiva, dela sobre nós.
Para encerrar alguns exemplos práticos da ação política em nossa prática de vida diária, seja ela politizada com consciência ou não. A política tem participação direta em diversas esferas de nossas vidas, em como educamos nossos filhos (lei da palmada), as tomadas obrigatórias em nossas casas, o extintor dos carros, o kit de primeiros socorros, os faróis acesos nas estradas, a aposentadoria pela previdência social, o modelo educacional que nossos filhos terão, o preço do combustível para nossos carros, o preço do gás de cozinha, as regras para convênios médicos, seguros de todo tipo (toda e qualquer medida cabível para garantir a segurança e saúde), os índices de taxa de juros para o país (que corrobora com o andamento da economia e da inflação), o preço da energia elétrica e por diante. Nestes termos, temos que a política incide diretamente sobre nós, com consciência política ou não, para definir a nosso favor ou contra nós os modelos sociais, políticos, econômicos e democráticos de convivência e vivência, coletiva e pessoal.
    


As Origens da Sociologia

As Origens da Sociologia

A Sociologia é uma ciência que nasce do interesse da Filosofia em entender e explicar as organizações humanas e sociais. Ela se perfaz em uma ciência humana que estuda as unidades que formam as sociedades, ou seja, ela estuda o comportamento humano em função dos meios e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos ou instituições.
A Sociologia estuda o homem na sociedade, assim como a Física estuda o movimento dos corpos, ou a Biologia as formas de vida existentes, ou a Filosofia os pensamentos do homem, e a Química a composição das matérias. É uma ciência entre as outras que pretende analisar e estudar a composição da sociedade, suas formações e motivações. Ela tem como intenção inicial a produção de soluções para os problemas sociais como a violência, as desigualdades sociais (pobreza, fome), as causas comuns de morte (homicídios, acidentes, suicídios). Vejamos algumas das propostas sociológicas.
Auguste Comte (1798-1857) desenvolve o conceito de Física Social que seria a análise da sociedade tal qual a um organismo vivo em que diagnosticado corretamente pode ter suas mazelas sanadas, assim para ele a tarefa da sociologia seria de promover um melhoramento da sociedade numa análise positiva da mesma (Positivismo).
Karl Marx (1818-1883) realiza uma leitura sócio econômica da sociedade na qual analisa a condição das classes sociais e a sobreposição entre elas. Faz um extenso trabalho de análise da condição dos burgueses (donos dos meios de produção) e dos proletários (trabalhadores) e em como a relação entre eles é exploratória do segundo sobre o primeiro.
Emile Durkheim (1858-1917) desenvolveu o conceito de socialização, no qual o homem é um animal que só se torna humano pelo processo de socialização, pela formação humanística que recebe da família, da escola e do meio social. Realizou um influente estudo sobre o suicídio e suas determinantes sociais (veremos a frente).
Max Weber (1864-1920) fez da ação social humana individualizada o objeto dos seus estudos sociológicos, visto que estaria na mesma as condições e motivações para a compreensão do todo social. Obteve grande importância histórica com seus estudos sobre a religião e suas influências sobre as estruturas sociais da sociedade em que participa.
Florestam Fernandes (1920-1995) realizou diversos estudos de compreensão das origens das desigualdades da sociedade brasileira. Teve importantes trabalhos na sociologia brasileira, como os estudos sobre a organização social dos Tupinambás (1949), ou A Integração do negro na sociedade de classes (1965), e muitas outras.
Fique aqui registrado, como conceito introdutório, que a Sociologia é uma matéria que compõem a grade curricular do Ensino Médio, contudo seu alcance transcende o mesmo, podendo ela ter uma aplicabilidade positiva para a esfera pessoal no desenvolvimento de uma melhor vivência (consigo mesmo) e melhor convivência (do eu para o outro), a partir do entendimento dos processos sociais formativos e do conhecimento da historicidade das relações e convivências humanas em seus sucessos e fracassos para podermos, a partir daí, fornecer a nós mesmos um amplo conjunto de saberes que nos propiciarão a possibilidade de um melhor viver e conviver. Boa caminhada para você e para nós.