Consciência, Alienação e Ideologia
Consciência
As possibilidades do pensar humano são gigantescas
e não encontraram ainda as suas limitações em nossos conhecimentos e pesquisas.
Para a sociologia, ela se inicia e acontece em uma realidade específica, que a
molda e a condiciona. A consciência (o pensamento) é a maneira estrutural em que
se condiciona as potencialidades do pensamento. O pensamento por sua vez está
condicionado as estruturas sociais, e assim, a consciência humana é consciência
social. Vejamos isso na estrutura social dos três principais sociólogos.
Para Émile Durkheim (1858-1917) a sociedade é o resultado da combinação de consciências
individuais que se perfazem em uma consciência coletiva, essa consciência
coletiva ou coletivizada, se torna fato social sobre os indivíduos que dela
participam.
Para Karl Marx (1818-1883) a existência é social, mas é também
econômica, e assim, a condição sócio econômica é determinadora da consciência,
assim, a consciência se faz como consciência de classe. A consciência de um
indivíduo de classe dominante (burguês) será diferente e oposta da consciência
daquele que pertença a classe dominada (proletário).
Para Max Weber (1864-1920) a consciência é social e performática
(formatada), se amolda as estruturas sociais vigentes, e mais influentes. E
assim, temos que essa consciência possa ter uma predominância referencial
(religiosa, política, econômica, esportista, acadêmica, por faixa etária),
porém é também uma mistura de todas essas áreas, ela é uma consciência
interligada em múltiplas áreas cognitivas. Para Weber o pensamento é a junção,
a significação dessas áreas no indivíduo, se estabelecendo como formação social
que será analisada por Max Weber como ação social (motivação da ação do
indivíduo), que é de onde parte sua análise, estudo e entendimento da
sociedade.
Alienação
Alienação é um termo derivado da palavra
alienus= de fora, do outro. Alienação é uma forma de ver, pertencer, entender a
realidade com a influência ou consciência do outro. É a formação em um
indivíduo[DR1] da consciência de outra pessoa ou grupo. Essa
alienação é melhor compreendida em categorias.
Alienação Social=> nela o indivíduo não se reconhece como produtor
e integrante das realidades e instituições sociais e políticas que participa,
como por exemplo, análise política sem responsabilização, análise escolar sem
auto inclusão, análise familiar sem responsabilidade, e outros.
Alienação Econômica=> a aceitação é a aceitação da condição e situação
econômica como natural, normal e inevitável. Jean Jacques Rosseau dirá que o
homem em lugar nenhum surgiu envolto em sociedades desiguais, se se tornou foi
porque assim o fez e assim o permitiu, que não é um condicionamento natural.
Para Karl Marx a alienação acontece em
etapas. 1º O trabalhador ao vender sua força de trabalho para o proprietário do
capital (burguês) se torna uma mercadoria para este, mercadoria que produz
mercadorias. 2º O trabalhador, enquanto classe social, não percebe que a
excelência do que produz com seu trabalho não lhe está acessível, elas
(mercadoria) valem muitos mais do que o salário que lhe é pago pelo trabalho,
ou seja, o que ele produz vale mais do que ele como pessoa. 3º O trabalhador
perde enquanto produtor controle e conhecimento sobre a sua própria produção,
ficando alienado daquilo que faz, ficando alienado de si mesmo enquanto
trabalhador. Já não é mais um produtor de nada em especifico
Alienação Intelectual=> resulta da crença comum de que o trabalho
intelectual é mais valioso que o trabalho material. Está alienação resulta da
separação entre o trabalho material e o trabalho intelectual, segregando o trabalho
do primeiro do trabalho do segundo. Ignora-se que o trabalho intelectual
(planejamento, orçamento, planilha, recursos humanos) é determinado pelo
trabalho material, é o trabalho material quem produz o trabalho intelectual, e
que o próprio processo laborioso do trabalho material está condicionado a
realização de um trabalho intelectual prévio por aquele que o executa.
Ideologia
No plano social, as ideologias são
concebidas como valores e ideias que legitimam e mantém o status quo. Na
formação e composição social de uma dada sociedade são estabelecidas pelo
convívio, a existência/convivência é a base, formas, regras e normas de se
conviver que ganharão independência da convivência e que passarão a determinar
a convivência sem ter a convivência como base. Está será uma convivência ideal,
está será um conjunto de ideais determinadores de como conviver, que não mais
depende da convivência para isso. Aqui é preciso pensar que a realidade
estabelecida é defendida por alguém que se beneficie em que ela se mantenha
como está, visto que se favorece com isso. Assim, criam-se instituições,
organizações, sistemas educacionais e ideológicos (mídia) defensores da
realidade como é para que não haja interesse em transformar a mesma.
Um fator fundamental no conceito de
ideologia é o de que ela precisa ocultar o real para suplantar sobre o mesmo a
si mesma (Marilena Chauí). A Ideologia obscurece a consciência daqueles que
dela participam para que não percebam sua dominação, subjugação e exploração.
Para desacreditar que a realidade poderia ser diferente, ou desacreditar que
poderia ser melhor.
Ideologia, como o nome sugere, é o
estudo das ideias que compõem uma dada realidade social/existencial, e que como
toda realidade humana é composta pelo pensar humano objetivado e objetivante,
ou seja, é composta por realidades e vivências humanamente estabelecidas.
No sentido mais amplo, e comumente
empregado, ela significa um conjunto de ideias. No outro sentido, marxista,
ideologia é alienação da consciência de uma classe por outra classe. O
pensamento dos dominantes (burgueses) presente e legitimado na consciência dos
dominados (proletários), que validam seu agir e existir segundo eles
(burgueses).
Resumindo: a consciência é consciência
social, estabelecida a partir das realidades sociais de existências e suas
variantes culturais, como economia, religião, educação e outros. A alienação é
a ideologia de uma estrutura de pensamento sobre outra estrutura de pensamento,
ou seja, ideias que determinam o viver sem levar em conta o próprio viver
daquele que assimila a ideologia (Escola pública e Enem). Por outro lado a
alienação é a exclusão do ser daquilo que realiza enquanto ser, seja ela uma
alienação social, profissional ou intelectual. As ciências sociais visam com
essas três esferas do saber (consciência, alienação e ideologia) apresentar
sociologicamente a origem do saber, sua aplicação, objetivação e destinos.
Haverá quem faça dessas esferas sua base sociológica de entender o mundo e de
buscar transformar o mundo. Nossa objetivação é de que fique compreensível a
formação da formação da consciência social que se torna organizacional para
legitimar os modelos formados a partir da convivência.
vai tomar no cuuuuuuuu
ResponderExcluircaralho que agressivo seu porra kkskskksks
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