Espaço Público e Espaço Privado
O ser humano é
um ser valorativo, e, portanto valora
suas convivências sociais e valora os espaços onde realiza essas valorações.
Os espaços, geralmente,
possuem especificações determinadas, embora as mesmas possam variar de acordo
com o uso que se faz dele (casa-festa/shopping/escola), e outros sempre mudam
de especificação a partir do uso. Assim, o determinante para o espaço ser
público ou privado é o uso que se faz dele (P.V.L. => bicicleta e quadra de
basquete)
A ocupação do
solo urbano atende apenas ao interesse do capital privado. Os melhores e
maiores espaços (arquitetura ) pertencem há uma pequena e mesma classe de
pessoas. Na sociedade atual, o capitalismo absorve quase todo o espaço e o
repensa em função da utilidade econômica. Quase toda a cidade, urbana, mostra
sua estruturação a partir dos locais de trabalho e consumo (comércio e lazer).
Espaços de
morte (cemitérios): Público e Privado
As classes
sociais têm interesses e necessidades diferentes, o que determina diferentes
formas de apropriação de um espaço coletivo enquanto espaço público. Um mesmo
espaço tem diferentes significados determinados pela cultura social e econômica
daquele que se utiliza dele (praça, JK, escola).
Sociologia Urbana
A sociologia urbana trata
especificamente das relações sociais estabelecidas no espaço urbano, analisando
as implicações de convivências no mesmo, pensando as inclusões e exclusões que
acontecem e quais suas motivações objetivas e econômicas.
Esse pensamento sociológico surge
na Escola de Chicago no fim do século XIX, onde utiliza a sociologia para fazer
uma antropologia urbana, em que o outro (o problema da alteridade) torna-se o
próximo. Desencadeia-se a partir desse pensar, estudos relacionados a divisão
espacial, surgimento da oposição entre ricos e pobres, surgimento das favelas,
proliferação do crime e da violência (geograficamente determinados), moradores
de rua, excluídos em geral, preconceitos urbanos, o aumento populacional e
outros.
O urbano deve ser compreendido
como espaço socialmente produzido, de acordo com os vários modos de organização
socioeconômica e de controle politico em que está inserido, sendo essencial
compreender as relações de produção, consumo, trocas e de poder que se
manifestam no ambiente urbano.
Condições determinantes do urbano
=> economia, tecnologia, mídia,
religião, produção.
Uma questão central estudada na
estrutura da sociedade urbana é o “estado do bem estar social”, que ressalta a
dupla exploração sofrida pelas classes populares (econômica e espacial). A
questão da “Dual City”=> espaço dos ricos e dos pobres. E o surgimento dos
movimentos sociais urbanos (minorias) a partir dessa questão (MST, LGBTS, Movimento
Feminista, Movimento Negro)
Violência simbólica=> os
espaços são consagradores ou agressores de acordo com a bagagem sócio cultural
daqueles que dele participam. Os
ambientes são valorados por quem os constrói
e os utiliza, e assim os espaços acabam adquirindo valores a partir
desses. Como já vimos, os espaços são equacionados a partir de interesses
econômicos e esses interesses econômicos correspondem a classes especificas,
adquirindo assim, indiretamente, valores excludentes daqueles que não pertencem
a classe especifica e seus subsequentes valores moldadores do espaço em
questão.
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