domingo, 2 de outubro de 2016

A Sociologia do Conhecimento

A Sociologia do Conhecimento
A temática, Sociologia do Conhecimento, tem como proposição e estudo, a análise e a gênese do saber, ou, uma gênese do saber intelectual numa perspectiva social.  Porque cabe a essa ciência, assim como as outras, compreender a formação humana e as condições que levaram a essa formação específica mediante tantas outras possíveis, e assim como fez a filosofia e faz a psicologia, a sociologia quer também desvendar e entender o humano, só que no seu caso tendo como matriz a sociedade a que esse humano pertence.
Nesse ponto temos que para a sociologia (construída por Max Scheler, Karl Mannheim, Alfred Schultz, Peter Berger e Tomas Luckman) toda produção de conhecimento não resulta apenas da consciência puramente teórica, mas principalmente de elementos de natureza não teórica, elementos provenientes da vida social e das influências e vontades a que o produtor, e sua realidade social, lhe impõem.
Trata-se do pressuposto da determinação histórica-social do conhecimento, pois o  conhecimento, pois o conhecimento não é retrato da realidade, mas interpretação. Essa é a meta da Sociologia do Conhecimento, expor e considerar as influencias culturais de contexto, que estão presentes nas teorias.

Os saberes não são frutos de inspirações transcendentes ou aspirações cognitivas (não se nega que possam ser), visto que os saberes têm formas, conteúdo, intenção, ideologia, e assim não se desenvolvem no vácuo social. Colocado nestes termos, Manheim, postula que o pensamento social não pode explicar (não tem recurso subjetivo) a vida humana, mas apenas expressá-la. O objetivo do sociólogo é o de compreender o que as pessoas pensam sobre, e a partir, da sociedade. Ora, se o saber não é um construto teórico, “a teoria não pode existir apenas pela teoria”, estudar a gênese do conhecimento é a base para aprimoramento do próprio saber, e é o meio mais viável para regenerar a sociedade e o homem/mulher dos efeitos perversos que vêm embutidos no processo de racionalização e negação dos aspectos humanos essenciais. O conhecimento é construído, e o conhecimento dominante ou oficial, tem sempre um imanente conteúdo político (ideologia de elite e educadores de elite).

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