A
Sociologia do Conhecimento
A temática, Sociologia do
Conhecimento, tem como proposição e estudo, a análise e a gênese do saber, ou,
uma gênese do saber intelectual numa perspectiva social. Porque cabe a essa ciência, assim como as
outras, compreender a formação humana e as condições que levaram a essa
formação específica mediante tantas outras possíveis, e assim como fez a
filosofia e faz a psicologia, a sociologia quer também desvendar e entender o
humano, só que no seu caso tendo como matriz a sociedade a que esse humano
pertence.
Nesse ponto temos que para a
sociologia (construída por Max Scheler, Karl Mannheim, Alfred Schultz, Peter
Berger e Tomas Luckman) toda produção de conhecimento não resulta apenas da
consciência puramente teórica, mas principalmente de elementos de natureza não
teórica, elementos provenientes da vida social e das influências e vontades a
que o produtor, e sua realidade social, lhe impõem.
Trata-se do pressuposto da
determinação histórica-social do conhecimento, pois o conhecimento, pois o conhecimento não é
retrato da realidade, mas interpretação. Essa é a meta da Sociologia do
Conhecimento, expor e considerar as influencias culturais de contexto, que
estão presentes nas teorias.
Os saberes não são frutos de
inspirações transcendentes ou aspirações cognitivas (não se nega que possam
ser), visto que os saberes têm formas, conteúdo, intenção, ideologia, e assim
não se desenvolvem no vácuo social. Colocado nestes termos, Manheim, postula
que o pensamento social não pode explicar (não tem recurso subjetivo) a vida
humana, mas apenas expressá-la. O objetivo do sociólogo é o de compreender o
que as pessoas pensam sobre, e a partir, da sociedade. Ora, se o saber não é um
construto teórico, “a teoria não pode existir apenas pela teoria”, estudar a
gênese do conhecimento é a base para aprimoramento do próprio saber, e é o meio
mais viável para regenerar a sociedade e o homem/mulher dos efeitos perversos
que vêm embutidos no processo de racionalização e negação dos aspectos humanos
essenciais. O conhecimento é construído, e o conhecimento dominante ou oficial,
tem sempre um imanente conteúdo político (ideologia de elite e educadores de
elite).
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